quinta-feira, novembro 28, 2013

Eu, uma iniciante no Festival de Yoga da Bahia

Depois de dois anos sem ministrar aulas, foi lindo estar de volta à comunidade de Yoga. Decidi junto com uma das minhas melhores amigas a ir ao Festival de Yoga da Bahia em uma das visitas que ela me fez durante o meu transplante de medula.

Compramos as passagens, fizemos a matricula no evento e então eu enviei um e-mail para Marcos Aquino para me oferecer para ajudar em algo. Disse que como fiquei tanto tempo sem trabalhar estava disponível para poder ajudar. E ele abriu um espaço para mim!

A vida pegando fogo aqui em casa, nos mudamos um dia antes de eu ir viajar. Meu marido ficou um pouco chateado, pois imagina, a casa virada de cabeça para baixo e o nosso filho de um ano e seis meses correndo para lá e para cá durante o final de semana que a mamãe estaria na Bahia. Mas ele sabia que este momento era muito importante para mim.

Os queridos Barbara e Frandu da produtora Bodhgaya me convidaram para dar uma entrevista para o Doc Hermógenes, filme documentário sobre a vida deste querido grande mestre de Yoga. Eu me emocionei neste depoimento, lembrei do momento no transplante em que de um lado segurei na mão de Deus e do outro lado segurei na mão do Professor Hermógenes e repetia mentalmente: Entrego, Confio, Aceito e Agradeço. Foi lindo!

As aulas dos outros professores convidaram foram incríveis, meu corpo todo doía, mas doía muito. Minha flexibilidade foi embora (mas não para sempre). Estava eu lá, após 22 anos de prática de Yoga como uma dedicada aluna iniciante. Que bom que podemos sempre recomeçar.

Minha palestra foi a penúltima do evento, minha emoção era grande. Pensei tantas coisas no que falar, afinal de contas aprendi tanto com tudo o que vivi. E lá no evento aprendi tanto também. Então na minha palestra falei sobre a vida de Yoga e como a eminência da morte nos faz pensar no que devemos fazer da vida. Devemos aproveitá-la da melhor maneira possível. Devemos nos incomodar menos com os problemas e começar agora fazer da nossa a vida a vida que gostaríamos de ter, porque a vida é AGORA.